19 de novembro de 2015 - Notícias
As Doenças Congênitas dos Membros Superiores atingem 2 a 3% da população mundial e estão presentes em torno de 150 milhões de crianças nos países subdesenvolvidos.
Geralmente é difícil estabelecer uma causa determinante destas anomalias, que em sua maioria são de etiologias multifatoriais, porém fatores genéticos, como alterações cromossomias ou genes mutantes e alterações alimentares, drogas teratogênicas e agentes infecciosos estão entre suas possíveis causas.
Várias apresentações podem estar associadas com outras deformidades ortopédicas em quadris, joelhos, pés e no membro superior contralateral . Anomalias cardíacas ou renais , também podem acompanhar estas alterações congênitas, pois a formação embrionária destes órgãos são coincidentes a formação músculo-esquelética no período embrionário.
A abordagem de tratamento das Doenças Congênitas é um desafio ao Cirurgião de Mão, não só pela questão técnica envolvida perante aquela anomalia, mas também pela questão psicológica trazida pelos pais e familiares, que geralmente, são acompanhadas de uma grande expectativa na busca de uma mão “normal”, que pode estar associada a uma sensação de “culpa” pela má formação daquele membro. Durante o planejamento terapêutico, é fundamental orientar aos responsáveis, que o objetivo primário do tratamento será o aspecto funcional do membro, e que nem sempre, estará associada a uma estética idealizada.
Nesta última década, houve vários avanços na melhora funcional do membro displásico. Avanços técnicos cirúrgicos, principalmente na área de microcirurgia (reimplantes e transferências), melhor treinamento funcional orientados por terapeutas e fisioterapeutas com especialidade em cirurgia da mão e avanços na confecção de órteses e próteses.
Mas, é no avanço das técnicas em Medicina Genética, que se depositam as grandes esperanças no avanço da melhora das patologias congênitas. Possivelmente, em um futuro breve, consigamos, através da engenharia genética, modificar a história natural do desenvolvimento embrionário do membro superior.