19 de novembro de 2015 - Notícias
As lesões esportivas no sistema músculo esquelético tem aumentado a cada ano nos atendimentos de ambulatório e urgência médicas. Tanto a nível profissional, onde o condicionamento físico e a força muscular tornam-se cada vez mais imperativos neste ambiente competitivo, como também no esporte amador, onde a busca da performace, agregada a falta de planejamento ou de materiais esportivos adequados, faz aumentar a estatística das lesões.
Dados epidemiológicos evidenciam que 25% das crianças entre 8 a 16 anos, praticam atividades físicas competitivas regulares e 1/3 das mesmas terão algum grau de lesão ortopédica. Há uma crescente participação das mulheres no esporte, que ficou evidente nas Olimpíadas de Londres, em 2012, no qual 47% da delegação eram do sexo feminino. Obviamente, estes exemplos, serão repercutidos no esporte amador.
O membro superior, principalmente a mão está envolvida direta ou indiretamente em quase todas as modalidades esportivas e estima-se que 15% das lesões esportivas concentram-se na mão e punho.
Esportes como vôlei, basquete, jiu-jitsu e handebol, lideram as lesões nos dedos. Ginástica olímpica nos punhos (carpo). Os esportes de raquete (tênis, squash e golfe), destacam-se por lesionar o cotovelo e a natação, por ter alta demanda em diferentes ciclos de movimentos, tende a lesionar o ombro.
Dentre as lesões mais comuns, encontramos: lesões ligamentares dos dedos (principalmente o polegar), dedo “em martelo” (rotura de extensor) ,fraturas do escafóide,instabilidades do punho (carpo) e fraturas dos metacarpos e falanges (mão).
Dentre os maiores desafios do tratamento em atletas, enfoco a busca do retorno precoce a atividade física, para tal, o tratamento terá que ter um enfoque multidisciplinar, envolvendo reabilitação precoce e muita disciplina pelo atleta no sentido de colaborar com o propósito estabelecido. Porém, o melhor tratamento visa à prevenção das lesões, através do conhecimento da prática desportiva e do material esportivo para este fim, por exemplo, na prática do tênis, é necessário, pela equipe que assiste ao atleta, ter informações sobre a características da raquete , empunhadura, tensão da corda e gesto esportivo , e devem fazer parte do universo terapêutico adequado.